BIOGRAFIA DE CHICO XAVIER













CHICO XAVIER

Biografia de Chico Xavier:

featured-image1Chico Xavier (1910-2002) foi um médium brasileiro, reconhecido como o maior psicógrafo de todos os tempos. Com 4 anos de idade já via e ouvia os espíritos e conversava com eles. Com 5 anos ficou órfão de mãe e foi entregue aos cuidados da madrinha, que lhe castigava por qualquer motivo. Várias vezes ouviu sua falecida mãe dizer que enviaria um anjo para reunir novamente a família. A segunda esposa de seu pai, Cidália Batista reuniu todos os seus irmãos e ainda teve mais cinco filhos.
Sua personalidade lhe causava vários problemas na escola. Com 17 anos iniciou os estudos do espiritismo e fundou o Centro Espírita Luiz Gonzaga. Iniciou-se na prática da psicografia escrevendo dezessete páginas. Publicou vários livros com mensagens e criou sua fundação para ajudar os pobres. Exerceu várias funções para ajudar no sustento da família e aposentou-se pelo Ministério da Agricultura. Chico personifica o espiritismo no Brasil. Figura popular era procurado por grande número de pessoas que queriam conselhos e contato com entes falecidos. Segundo a Federação Espírita do Brasil Chico Xavier participou de sua primeira reunião espírita em 7 de maio de 1927.
Chico Xavier (1910-2002) nasceu no dia 2 de abril em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Filho do operário inculto e humilde e da lavadeira Maria João de Deus. O casal teve nove filhos que ficaram órfão de mãe quando Chico tinha cinco anos de idade. Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou aos cuidados de sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente. Várias vezes ouvia sua falecida mãe dizer que enviaria um anjo para reunir toda a família. A segunda esposa de seu pai, reuniu todos os seus irmãos e ainda teve mais cinco filhos.
A situação era difícil. O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madrasta teve a ideia de fazer uma horta e vender os legumes. Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram melhorar arenda e voltar a frequentar as aulas.
Em janeiro de 1919, com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa pois precisava buscar lenha. Foi então que a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher as verduras sem permissão da família. Preocupada a madrasta não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que pedisse um conselho ao espírito de sua mãe. O menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu a sugestão de que toda vez que sua madrasta se ausentasse, entregasse a chave de casa a vizinha, para que ela tomasse conta da casa. Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.
Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos. À noite, levantava-se agitado e conversava com os espíritos. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender. O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas e livros. Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte. O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.
Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebida em sonho, que a seguisse. Precisava aprender a obediência para que Deus um dia lhe concedesse a confiança dos outros. E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe.
Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente a missa e acompanhava as procissões. Levantava cedo para começar as tarefas escolares e em seguida seguia para o serviço da fábrica onde trabalhava de três da tarde, para sair as onze da noite.
Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho começava das seis e meia da manhã e seguia até oito da noite. As perturbações noturnas continuaram, depois de dormir, caia em transe profundo. Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar em sua casa. Na mesa, dois livros, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e o “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec. Ouviu da mãe: “Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros a nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos”.
A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar. Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.
Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, despertou seu amor pela natureza. Vê em tudo poesia e oração, vida, verdade, luz, beleza e amor. Acima de tudo sente a presença de Deus.
Em 7 maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões eram realizadas nas segundas e sextas-feiras.
A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier. Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931. Nesse mesmo ano Chico passou a receber as primeiras poesias de “Parnaso de Além-Túmulo”, que foi lançado em julho de 1932. Em 1950, Chico Xavier já havia escrito pela sua psicografia, mais de 50 livros.
Vivia num ritmo constante de atividades mediúnicas, estava conhecidíssimo no Brasil e em vários outros países. Seus livros versavam sobre assuntos filosóficos, científicos e sobretudo, realçando os Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições do Livro da Vida.
Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu início a famosa peregrinação. Aos sábados, saindo da “Comunhão Espírita-Cristã”, o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia a frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.
A cidade de Uberaba, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium. Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo. Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico, prestando esclarecimentos e reconforto aos que o procuravam.
Os direitos autorais de seus livros publicados, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades. Chico psicografou 451 livros, reproduzia o que os espíritos lhe transmitiam. Seus livros foram traduzidos para vários países. Psicografou várias cartas de mortos para suas famílias.
Chico morreu no dia 30 de junho, de parada cardíaca, após reclamar de dores no peito e nas costas, segundo sua família. Encontrado morto em seu quarto, na cidade de Uberaba, pelo filho adotivo Eurípedes Humberto.

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