terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Aborto Delituoso



Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!

Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos Espíritos-Ditado pelo Espírito Emmanuel.
14a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2001

Teoria e Prática


O conhecimento liberta da ignorância. Todavia, somente a sua aplicação liberta do sofrimento.

há uma expressiva diferença entre a teoria e a prática, em todos os segmentos da humanidade.

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A teoria ensina. Porém, a prática afere-lhe o valor.

Não basta saber. É imprescindível utilizar o que se conhece.

O conhecimento, em verdade, amplia os horizontes do entendimento. Não obstante, a sua aplicação alarga as paisagens da vida.

A mente conhecedora deve movimentar as mãos no uso desses valiosos recursos.

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O conhecimento de importância é aquele que pode mover essas conquistas em favor do bem do seu possuidor, assim como do meio social onde este se encontra.

Nula é a informação que não produz bênçãos, nem multiplica as disposições da pessoa para a ação útil.

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Conhecendo saberás que a tua renúncia auxilia a comunidade, sem que esperes a abnegação dos outros a teu benefício.

O conhecimento superior estimula à imediata atividade.

Acumular informações sem finalidade prática, transforma-se em erudição egoísta que trabalha em benefício da presunção.

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Tens a obrigação de conhecer para viver. Simultaneamente, deves viver praticando os salutares esclarecimentos que armazenas, contribuindo para uma existência realizadora, humana e feliz.

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Quando leias, exercita a praticidade do contributo cultural que assimilas.

O tempo urge, e as oportunidades de aplicação constituem tuas chances de progresso como de paz.

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Conta-se que célebre monge budista, estudando algumas suras, descobriu que se não devia utilizar da pele de animais para conforto pessoal.

De imediato, levantou-se do catre e dali retirou o couro de um urso que lhe servia de apoio macio sobre as ripas da enxerga áspera.

Prosseguindo a leitura, porém, encontrou assinalado que, no entanto, se poderia usar a pele dos animais, quando se estivesse enfermo, esquálido ou envelhecido, a fim de ter diminuídas as penas e dores.

Ato contínuo, tomou da mesma com respeito, colocou-a no lugar de onde a retirara, sentou-se sobre ela e continuou a ler...

Conhecimento que não transforma em utilidade, pode ser qual "sepulcro caiado por fora", ocultando vérmina e morte por dentro, responsável pelo bafio do orgulho e da ostentação.

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Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.- Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
2a edição. Salvador, BA: LEAL, 1990.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Neste próximo domingo 21/02/2010, no Programa Transição, o entrevistado será Raul Teixeira, com o Tema “Relacionamento Familiar”.

O Programa Transição será apresentado por Del Mar Franco, pela REDE TV na Capital e Grande São Paulo, domingo às 15:15 horas.